Mulher irresistível

A mulher para ser sexualmente irresistível, tem que ter um sorriso de inocência e o olhar de uma vagabunda. Porém, não pode ser nenhuma das duas.

14 junho 2020

Minha vida meus amores



Inicio da década de 80, eu estava arrasado pela minha separação. Errei na escolha, a moça, apesar de ser de família, era alpinista social com dinheiro de herança. Vejam o que eu escolhi para casar. Sai do casamento aos trancos e barrancos. Cai na farra. Chegava em casa, tomava banho, jantava e saia. Eu tinha uma namorada oficial, boa moça, mas era meio boba, e tinha duas amantes no local de trabalho, e uma não sabia da outra. Uma façanha isso.

Certa feita, sai com uma delas, morava na Tijuca, perto de onde eu moro hoje. Naquela ocasião jantamos no motel mesmo, bebemos demais, e lá pelas tantas ela pede que eu escreva uma declaração de amor para ela nas paredes do motel. Saquei minha caneta hidrográfica, eu sempre usava uma, e escrevi um texto bacana, tudo falso, apenas pelo pedido dela. Datei e coloquei a minha rubrica. Ela trabalhava comigo, era a minha secretaria. Bebemos um pouco mais, transamos mais uma vez e eu fui para casa dormir e curar a ressaca que já se aproximava. Bebia todo dia e já estava ate pensando em fazer uma conta no motel, o tal de Hollywood.

No dia seguinte, seguindo a mesma rotina, sai com a outra amante, com a namorada eu só saia nos finais de semana, e alegava que precisava de descanso, pois eu ocupava um cargo na empresa, e precisava de certo descanso para poder fazer frente às minhas atividades profissionais.

Saímos e fui para o mesmo motel. A moça da recepção já me conhecia. Peguei a chave do quarto, estacionei o carro, e quando vi, era o meso quarto da noite anterior, onde eu escrevi a tal declaração de amor na parede. Gelei, eu ia ser descoberto e arcaria com as consequências.  Cheguei a suar frio, mas não podia fazer nada, já estava com o carro estacionado, e não podia recuar. Estava liquidado. Mas não me dei por vencido.

Ao entrar no quarto, tremendo de medo, pedi que ficássemos No escuro, queria experimentar um sexo às cegas, falei. A moça topou. Por enquanto eu estava salvo. Nos despimos, fizemos sexo e eu nem pedi bebidas, pois teria que acender a luz para pegar  as bebidas. Fizemos um sexo meia boca, e na hora de sair é que foi o problema. Precisava pagar a conta, e tinha que acender a luz para pegar dinheiro na minha carteira e pagar a dolorosa. O jeito foi acender a luz só da entrada, pegar o dinheiro e pagar a conta. Não deixei nem a moça tomar banho, nem eu tomei. Sai rapidamente, e na saída ainda reclamei do quarto, disse que não queria mais ficar nele. A moça da recepção deve ter notado que eu queria falar alguma coisa, mas não perguntou nada.

Quando sai do motel, já na estrada do Alto da Boa Vista, respirei aliviado, e depois disso não fui mais neste motel por questões de segurança. Tinha outro do lado, Holiday, e passei a frequentá-lo. Eram quase idênticos.

Escapei por pouco dessa. Se uma descobre eu estava fudido. Eram duas no mesmo local de trabalho e eu ia ficar numa situação delicada. A sala de uma era ao lado da sala da outra. Ia ter barraco na empresa, uma gritando com a outra e as duas contra mim. Era meu fim. Graças a Deus escapei de mais essa.

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