A rua onde eu moro é um verdadeiro festival de lidinhas. Claro que tem aquelas senhorinhas também, sempre com aqueles vestidos estampadões, tipo antigo, e algumas ainda usam um modelo muito comum na década de 60, o já afamado tubinho, também estampado. Isso para não falar no não menos famoso colar de pérolas de plástico. Eu tenho vizinhas, senhorinhas é claro, que ainda usam os mesmos vestidos de 25 anos atrás. Eu não sei como uma roupa dura tanto. Mas vamos passar às lindinhas, que tanto alvoroçam a moçada da rua.
Acho que eu não preciso falar mais nada a respeito da Claudia, aquela que a bun-dinha morde o shortinho cáqui. Recebi muitas criticas a ela, em que me perguntavam se ela não trocava de roupa, ou mesmo se alguma vez ela lavou o já afamado shortinho. Claro que eu não respondi a estas criticas invejosas a respeito dela. Claudia é uma mulher da mais alta lisura e limpeza. Isso sem falar no amor dela por mim, devidamente manifestado toda sexta e sábado aqui na minha casa.
Falemos ( viram como eu estou empolado para escrever? ) então de Cristina, outra vizinha por quem meus olhos se arregalam todos os dias. Claudia não sabe disso, e não le o meu blog. Cristina sai todos os dias na mesma hora que eu. Sempre que passa por mim, me dá um olá, assim.. hummm.. cheio de graça, vamos dizer assim. Tem um leve sorrisinho no rosto, como quem tem algo a mais a dizer.
Cristina é evangélica, daquelas de boa cepa. Sempre de vestido abaixo do joelho, saltão, blusa clara, meio que a mostrar o corpão, peitos de tamanhos médios, pelo menos é o que parece, mas as blusas estão sempre com um botão a mais desabotoado. Parece que ela quer mostrá-lo mesmo, e espero, sinceramente, que seja para mim. Ela tem um andar elegante, sóbrio. Parece educada, daquelas que não fala grosso e é sempre delicada nas suas colocações para com você. Uma verdadeira princesa.
Aos domingos, quando eu estou saindo com minha cachorra, a vejo saindo do prédio aonde mora, carregando uma grossa bíblia, com uma certa paixão inclusive. Lá vai ela para o seu culto dominical. Uma pintura. Cabelos sempre molhados, óculos no tamanho certo no rosto, um tesão. Sempre que a vejo, sinto um enorme desejo, algo talvez impuro aos olhos dela, desejo este de possuí-la, de levantar aquela saia abaixo do joelho, e encontrá-la sem calcinha, me esperando com o corpo ardendo de paixão. Me imagino rasgando aquela blusa, estourando aqueles botões, alguns estrategicamente abertos, mostrando o colo do seio. Perceberam toda a minha finura ao falar da lindinha???
A verdade é que Cristina sai muito pouco. É do trabalho para casa, e vice versa. Me parece que precisa desesperadamente de alguém que a perverta, que a avassale, que traga em sua vida aquele sentimento de luxuria, ao menos nos finais de semana. Isso a faz muito atraente, muito mesmo. Ela é puro tesão de mulher. É claro que ela não usa os shortinhos da Claudia, nem dá uma bola meio fácil para ninguém. Não se sabe aqui na rua, de alguém que tenha tido um contato mais estreito com ela. Um verdadeiro mistério, o que faz dela mais atraente ainda. Vocês sabem como é, mulher muito fácil, pode estar certo que é fria. Foge que vai dar problema. Mas este não é o caso dela. Cristiana é diferente.
Outro dia, à noite, eu estava indo para o mercado perto de minha casa, precisava comprar umas cervejas, e topo com ela, andando na minha frente, bermudão e sandalais havaianas novas e limpinhas, somado a uma camiseta grudando no corpo. Eu, como quem não quer nada, passo por ela, esperando o cumprimento, que acontece para minha alegria. Tenho a oportunidade de olhá-la de frente, e noto logo que ela está sem sutiã, e seus peitinhos não têm aquele farol aceso, apesar da noite intensa. A frente de Cristiana é para não colocar defeito. Como disse, ela me cumprimenta, e acabamos indo ao mercado juntos, coisa que eu adoro, como um casal. Como não podia deixar de ser, eu logo dou uma olhada nos pezinhos, e noto, para meu jubilo, que são perfeitos, aqueles pés da mulher que vai dar certo com você.
Estou feliz. Volto para casa, arrumo minhas compras e vou dormir pensando nela, e em como será nosso próximo encontro no dia seguinte. Sempre saímos no mesmo horário, e eu, precavido, acabo saindo mais cedo, e fico meio na tocaia para não perde-la, esperando que ela saia, e finjo que estou acabando de sair numa casual coincidência. Um tesão a princesa.
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